O Brasil recebeu autorização para ampliar a exportação de carnes e miúdos de aves e suínos ao Panamá, além de ovinos e caprinos vivos para reprodução e material genético destinado à Angola.
As novas aberturas de mercado, resultado das aprovações sanitárias para exportação aos países, foram oficialmente comunicadas ao governo brasileiro na última sexta-feira (16), conforme informaram o Ministério da Agricultura e o Ministério das Relações Exteriores (MRE) em nota conjunta.
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Até agora, em 2024, o Brasil registrou US$ 55 milhões em exportação de produtos agropecuários para o Panamá, com maior volume em produtos florestais, cereais, farinhas e preparações.
No caso de Angola, o comércio de produtos agropecuários brasileiros atingiu US$ 211 milhões entre janeiro e julho, impulsionado principalmente pela exportação de carnes e itens do complexo sucroalcooleiro.
Segundo os ministérios, a abertura desses mercados deve intensificar o fluxo comercial com esses destinos estratégicos, refletindo a crescente confiança internacional nos padrões de controle sanitário adotados pelo Brasil.
Exportação do mercado de soja brasileiro
A Associação Brasileira dos Exportadores de Cereais (Anec) reduziu em quase 300 mil toneladas as estimativas para a exportação de soja de julho de 2024. Em seu mais recente relatório, o órgão baixou a previsão de embarques ao longo do mês para 10,4 milhões de toneladas. O grão é o principal ativo do país da balança comercial.
Apesar da redução em relação à estimativa anterior, a estimativa representa um crescimento sobre as exportações de soja de julho de 2023. Naquele período, houve o embarque de 8,6 milhões de toneladas, de acordo com os registros da Anec.
Os dados do governo federal mostram que os embarques desse grão trouxeram US$ 27,9 bilhões em receitas para o Brasil em 2023. É a maior cifra na balança comercial do país. Esse valor corresponde a quase 17% de toda a receita do país com o mercado externo.
Além disso, existem os embarques de outros itens produzidos a partir desse grão, como o farelo — outro item monitorado pelo relatório da Anec. Nesse caso, o documento aumentou as projeções de vendas ao mercado externo em cerca de 200 mil toneladas, elevando a estimativa para 2,4 milhões de toneladas.