Na safra de 2019, o agronegócio brasileiro ultrapassou a agricultura indiana e se estabeleceu na segunda posição entre os maiores exportadores de algodão do planeta. Em 2024, o Brasil deve superar os Estados Unidos e alcançar a primeira posição.
A Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz publicou a previsão nesta quinta-feira, 4. Trata-se do principal campus da Universidade de São Paulo (USP) dedicado ao agronegócio.
“O expressivo excedente brasileiro e a menor oferta norte-americana devem levar o Brasil a se tornar o maior exportador mundial de algodão em pluma em 2024”, publicaram os pesquisadores da USP em uma nota nesta quinta-feira, 4.
Previsão norte-americana para os embarques
Em dezembro de 2023, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) já havia publicado estimativas para a colheita de 2024 ao mostrar os resultados dos embarques dos dois países nos níveis mais próximos da história. Seriam 2,5 milhões de toneladas dos norte-americanos contra 2,4 milhões de toneladas dos brasileiros.
A diferença é de cerca de 5%. Além disso, os números mostram a ascensão do Brasil e a derrocada dos Estados Unidos no mercado internacional de algodão.
De acordo com os números mais recentes do USDA, as exportações do Brasil devem crescer 70% em 2024. Ao mesmo tempo, as exportações norte-americanas vão cair 4%.
Mercado brasileiro de algodão
Na safra de 2024, o Brasil deve colher 3,2 milhões de toneladas com a cultura. O volume coloca o país como terceiro maior produtor mundial nesse mercado — à sua frente, apenas Índia (5,5 milhões de toneladas e China (5,9 milhões de toneladas).
O agronegócio brasileiro dedica a maior parte de sua produção de algodão ao mercado externo. Em 2024, as exportações devem corresponder a 80% da colheita nacional, conforme os dados do USDA.