De acordo com o Instituto Brasileiro do Feijão e Pulses (Ibrafe), os danos causados pelas chuvas no Rio Grande do Sul não devem causar a necessidade de importação de feijão pelo Brasil. A safra do Estado representa menos de 3% da produção nacional. Além disso, mesmo sem ela, a colheita do país de 2024 seria 3% maior que a do ano anterior.
O Ibrafe representa a cadeia produtiva o feijão, da lentilha, do grão-de-bico e do gergelim no Brasil. A nota ocorre em resposta a uma fala do presidente Lula. Em um entrevista à TV Brasil na terça-feira 7, o político aventou a possibilidade de importar esse grão para “controlar” os preços em meio a uma suposta alta em razão da falta de abastecimento. Contudo, quase 98% da produção brasileira desse alimento ocorre fora do Rio Grande do Sul.
Safra de feijão do Brasil
“Teremos 3,2 milhões de toneladas de feijão no Brasil nesta safra, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), e o Rio Grande do Sul participa com 2,2% desse total”, afirma o Instituto em nota.
Na estimativa realizada antes das chuvas que causaram as enchentes no território gaúcho, a Conab estimou que os agricultores do Estado deveriam colher pouco menos de 80 mil toneladas de feijão na safra de 2024. Assim, mesmo se toda a produção do Rio Grande do Sul se perdesse, o Brasil ainda colheria 3,1 milhões toneladas desse alimento. E em 2023, o resultado ficou em apenas 3 milhões de toneladas.