Carlos França, ministro das Relações Exteriores, está tentando uma audiência com o governo norte-americano para redução de sanções para importar fertilizantes do Irã. A fala ocorreu durante uma audiência no Senado na quinta-feira 24.
“Eu já pedi uma chamada ao secretário de Estado norte-americano”, disse França. “Espero que, nas próximas semanas, nos próximos dias, ele que é um homem muito ocupado, talvez possa me atender”, afirmou. O ministro relatou ainda que a conversa poderia ocorrer no sábado, para que os dois possam justamente analisar “uma possibilidade de minimizar as sanções em relação a fertilizantes, e a possibilidade de que o Brasil possa ter uma renúncia para importar mais do Irã”.
O chanceler argumentou que o Brasil dispõe de mecanismos comerciais que permitem aos iranianos comprarem medicamentos e alimentos no Brasil. A estratégia é fazer com que isso também ocorra com os fertilizantes do Irã.
Os iranianos são grandes produtores de ureia, “que é necessária para o nosso agronegócio, e tem com o Brasil uma conta de barter, que permite comprar alimentos, medicamentos aqui no Brasil”, explicou. “Eu queria um do governo norte-americano, que é quem aplica as sanções ao Irã, para que nós possamos aumentar o comércio de fertilizantes”, disse. As operações de barter permitem que produtores rurais comprem insumos e o pagamento seja feito com a própria produção.
França informou ainda que o ministro da Economia, Paulo Guedes, se comprometeu a ajudar nas negociações com os EUA. Guedes irá conversar com a secretária do Tesouro norte-americano, Janet Yellen.
Leia também: “Uma bomba para o aiatolá”, reportagem de Dagomir Marquezi para a Edição 50 da Revista Oeste
É mais fácil comprar do que produzir!