Cafés do Brasil são vendidos por quase R$ 30 mil

Uma propriedade na Chapada Diamantina, na Bahia, conseguiu os melhores lances no leilão dos melhores cafés do Brasil plantados em 2022 — o Cup of Excellence. São dois lotes colhidos na Fazenda Tijuco, no município de Piatã. Cada um deles saiu por quase R$ 30 mil a saca de 60 quilogramas.

Se fossem divididos em pacotes de 500 gramas, como aqueles convencionalmente vendidos nos supermercados, as pequenas embalagens sairiam por cerca de R$ 250 cada uma. O leilão dos melhores cafés do Brasil reuniu compradores de países consumidores mais exigentes. Entre eles, por exemplo, a Itália e o Japão.

Cafés especiais do Brasil no exterior

“Ter italianos e gregos entre esses compradores pode sinalizar o retorno do consumo de cafés de alta qualidade pelos europeus, uma tendência que estávamos observando pré-pandemia, que ficou retraída nesses últimos quase três anos”, disse Vinicius Estrela, diretor-executivo da Associação Brasileira de Cafés Especiais (BCSA).

Ao todo, as vendas no leilão renderam por volta de R$ 1 milhão. Os lances ocorreram por meio da internet.

“Tivemos 1.614 lances dados, por dezenas de empresas de todo o mundo, em um leilão que durou aproximadamente cinco horas e meia”, comentou Estrela. “Isso evidencia que nossos cafés se enquadram, cada vez mais, nos anseios dos maiores e mais exigentes consumidores globais, entregando diversidade, qualidade e, acima de tudo, sustentabilidade ambiental e social.”

O leilão faz parte do “Brazil. The Coffee Nation”, um projeto da BCSA em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimento. Essa iniciativa mira consumidores para dois tipos de segmentos do produto.

Os crus, destinados para África do Sul, Austrália, China, Coreia do Sul, Emirados Árabes Unidos, Espanha, Estados Unidos, França, Japão, Malásia, Polônia, Rússia e Taiwan. E os cafés do Brasil que passaram pela indústria de torrefação e moagem, para Canadá, Chile, China e Estados Unidos.