O Catar derrubou as restrições à carne bovina brasileira. Dessa forma, o país asiático voltará a importar a proteína. O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmou a reabertura do mercado na segunda-feira 29.
Localizado no Oriente Médio, o Catar suspendeu a importação da carne bovina brasileira em fevereiro deste ano. Na ocasião, o Mapa havia confirmado um caso de mal da vaca louca em fazenda no interior do Pará.
Em março, testes detectaram que o mal da vaca louca era atípico, o que não gera riscos ao rebanho nem à saúde humana.
Para os exportadores da proteína animal, o mercado do Catar é milionário. Segundo dados do Mapa, as exportações de carne bovina para o país da Ásia movimentaram 6 mil toneladas, o que gerou cerca de US$ 36,9 milhões em receita cambial.
Desde o anúncio do mal da vaca louca no Pará e o consequente diagnóstico de caso atípico, outros países que chegaram a suspender as importações já haviam retomado as compras da carne bovina brasileira. Foram os casos, por exemplo, de Palestina, Rússia e Turquia.
A China voltou a importar o produto em 23 de março. O gigante asiático é o principal destino da carne bovina brasileira, respondendo por mais de 50% do mercado.
Carne bovina e o mal da vaca louca
Há dois tipos da encefalopatia espongiforme bovina (EEB), nome técnico da doença conhecida popularmente como mal da vaca louca: o caso clássico e o atípico.
- Caso clássico
Refere-se à ingestão de produtos de origem animal por bovinos contaminados. Ela pode provocar surtos em rebanhos e gerar problemas de saúde aos seres humanos que consumam carne de animais infectados.
- Caso atípico
Comum em bovinos mais velhos, que espontaneamente desenvolvem uma proteína defeituosa que atinge o sistema nervoso central. Esse tipo de EEB não gera riscos de disseminação ao rebanho nem aos seres humanos.
O Brasil nunca registrou casos do tipo clássico do mal da vaca louca.