Olivier Leducq, CEO do grupo francês Tereos, que é dono do açúcar Guarani, disse nesta terça-feira, 26, que sua crítica ao acordo entre a União Europeia e o Mercosul “gerou um mal-entendido” e “desviou a atenção do tema”.
Conforme o executivo, não houve intenção de ofender os agricultores brasileiros. Em seu perfil no LinkedIn, o CEO escreveu que o grupo não coloca a Europa e o Brasil em oposição. “Nunca questionamos a capacidade do Brasil de fornecer produtos de qualidade ou seu compromisso com uma forte legislação local”.
CEO elogia qualidade e sustentabilidade brasileiras
Leducq destacou a atuação da empresa no Brasil e afirmou que “a qualidade e a sustentabilidade do agronegócio brasileiro são indiscutíveis”. Declarou, contudo, que o acordo entre os blocos deve respeitar os interesses dos produtores franceses.
“Antes de qualquer decisão final, é crucial discutir mais aprofundadamente as questões relacionadas com a soberania agrícola europeia”. Para Leducq, as regulamentações impostas aos agricultores franceses são muito restritivas, o que “prejudica sua competitividade em relação a atores internacionais que enfrentam regras diferentes”.
Conforme o CEO do Tereos, o acordo em negociação representa “riscos significativos” aos produtores franceses. “Apelo à União Europeia que assegure a coerência entre as suas ambições ambientais e uma política comercial que proteja os interesses dos agricultores locais, continuando simultaneamente a satisfazer as necessidades essenciais dos consumidores europeus”.
Na segunda-feira 25, Leducq criticou o acordo entre a União Europeia e o Mercosul para reduzir a cobrança de taxas de importação de bens e serviços mutuamente. A dona do açúcar Guarani é a segunda maior produtora do insumo no Brasil.
Em uma publicação no LinkedIn, o diretor-executivo citou preocupações em relação à proposta e questionou a concorrência desleal com os produtores agrícolas europeus. Afirmou ainda que o acordo ameaça o futuro dos campos do bloco.
“Numa altura em que os nossos colaboradores estão focados na implementação de práticas de agricultura regenerativa, como é que as nossas explorações agrícolas conseguirão fazer face à concorrência desleal de produtos importados que não cumprem as mesmas normas ambientais e sociais?”
+ Leia mais notícias de Mundo na Oeste
O grupo Tereos deveria ir produzir açuçar no Haiti, Senegal, Líbia e outras nações que eles invadiram e destruiram toda economia, sociedade e identidade cultural. BOICOTE AO AÇUCAR GUARANÍ JÁ.
Eu sou a favor de boicotar a Tereos e suas empresas associadas no Brasil e em particular a Guarani. É lastimável que um executivo de uma multinacional importante se envolva numa polêmica política que deveria ser resolvida no âmbito político-diplomático. Impressiona muito o desrespeito que os executivos franceses demonstram pelo Brasil e pela nossa competência agro-industrial. É de lastimar que figuras tão incompetentes estejam à frente de negócios destas empresas.