Santa Rosa de Lima, em Santa Catarina, foi oficialmente reconhecida como a Capital Nacional da Meliponicultura — criação de abelhas sem ferrão — conforme a lei 14.949 de 2024, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e publicada no Diário Oficial da União em 5 de agosto.
A meliponicultura, que se distingue da apicultura por envolver a criação de abelhas nativas brasileiras sem ferrão, ganhou força na cidade na década de 1990 com a chegada do técnico Jean Carlos Locatelli em 1999.
Atualmente, o município abriga mais de 25 mil colônias matrizes de 31 espécies diferentes de abelhas.
A proposta de lei foi apresentada pela Câmara dos Deputados e aprovada sem emendas pela Comissão de Agricultura do Senado. A senadora Ivete da Silveira (MDB-SC), relatora da proposta, destacou a importância de Santa Rosa de Lima para a meliponicultura no Brasil, mencionando que a topografia acidentada da cidade contribui para a prática e sua integração à economia local.
“A integração da meliponicultura na estrutura social e educacional do município, com criadouros urbanos e projetos em escolas e unidades de saúde, evidencia o compromisso de Santa Rosa de Lima com a educação ambiental e a conservação de espécies”, afirmou a senadora.
Como funciona a criação de abelhas sem ferrão
A criação de abelhas sem ferrão, como a Melipona scutellaris e a Trigona spinipes, está se tornando popular no Brasil devido à sua menor agressividade e benefícios para a polinização e produção de mel. As colheitas ocorrem entre uma e duas vezes por ano.
Estas abelhas nativas são mais fáceis de manejar e requerem colmeias adequadas, posicionadas em locais com proteção contra ventos fortes e luz solar indireta. O manejo envolve manutenção regular para controlar doenças e parasitas e garantir a saúde das colônias.
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