Juntas, as lavouras de cebola e tomate geraram 6,6 milhões de toneladas de alimentos em 2023. Um levantamento realizado por Oeste em números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revela que cerca de 8% de toda a produção têm origem em um único município no interior de Goiás. Esse lugar, pelo resultado da safra, é a capital nacional de cada uma dessas três culturas.
Trata-se de Cristalina, município localizado no Sul de Goiás, na divisa com Minas Gerais. De acordo com o IBGE, o lugar tem 6 mil km². O perímetro urbano abrange 21,5 km², ao mesmo tempo em que essas três culturas ocupam 80 km². Desse modo, a soma das áreas destinadas ao cultivo de cebola, alho e tomate é quase quatro vezes maior que aquela destinada ao convívio da população humana.
Das três culturas, a cebola gerou a produção com o maior valor: R$ 570 milhões. O alho ocupa a segunda posição (R$ 382 milhões) e tomate aparece na última colocação (R$ 156 milhões). Somado o trio produziu uma safra avaliada em R$ 1,1 bilhão — a cifra é menor que o valor gerado pela principal atividade agrícola local: o cultivo da soja.
Muito além de cebola, alho e tomate
Considerando todas as lavouras de Cristalina, o valor da produção agrícola de 2023 fechou em R$ 4,8 bilhões. Segundo o IBGE, os agricultores locais se dedicam a outras 11 culturas, além de cebola, alho e tomate.
No topo da riqueza colhida aparece a soja (R$ 2,5 bilhões). Cebola e alho estão na segunda e terceira posição com os valores já citados — o tomate aparece somente na oitava colocação. Antes dele estão batata (R$ 360 milhões), milho (R$ 334 milhões), feijão (R$ 212 milhões) e sorgo (R$ 178 milhões). Depois, café (R$ 140 milhões), trigo (R$ 46 milhões), algodão (R$ 13 milhões), manga (R$ 6,7 milhões), girassol (R$ 2 milhões) e uva (R$ 1,3 milhões).
Grande contraste entre o Brasil político e o Brasil que produz.