A safra de café beneficiado de 2022 deve se aproximar de 54 milhões de sacas, indica a previsão feita pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O levantamento foi divulgado na quinta-feira 19.
Apesar de a quantia ser 15% menor em comparação à safra de café de 2020 (pouco mais de 63 milhões de sacas), o número representa 12% mais que o resultado de 2021 (perto de 48 milhões de sacas). Desse modo, é previsto um acréscimo de quase 6 milhões de toneladas de um ano para o outro.
Houve a expansão de quase 2% da área plantada sobre 2021. O volume recuperado, entretanto, está mais ligado à melhora da produtividade, que aumentou 10%. Por hectare, a produção é projetada próxima a 30 sacas, contra pouco mais de 29 no ano passado.
Cada saca de café tem 60 quilogramas. Ou seja: cada hectare plantado vai permitir a produção de cerca de 1 tonelada do grão beneficiado. Alguns fatores, contudo, ainda impedem a recuperação completa.
“A recuperação é limitada, uma vez que a estiagem e as geadas ocorridas ainda no ano passado, principalmente em Minas Gerais, Paraná e São Paulo, debilitaram as plantas, influenciando no desempenho produtivo das lavouras de café”, reforça o presidente da Conab, Guilherme Ribeiro.
Mais da metade de toda a lavoura da cultura no país fica em Minas Gerais. A safra do café no Estado, entretanto, é pouco menor que a metade do montante nacional. A produtividade dos cafezais mineiros, em 2022, será 16% menor que a média nacional.
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As safras do café não são iguais. O Café tem uma safra maior e uma menor no ano seguinte e assim por diante.