A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) está melhorando a produção de leite de vaca na Nigéria. O trabalho ocorre em parceria com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).
De acordo com a Embrapa, por meio do projeto, produtores de leite da Nigéria estão inseminando vacas das raças nigerianas bunaji e gudali com sêmen da raça sintética brasileira girolando. O objetivo é alavancar a produtividade dos animais no país, hoje estimada em cerca de 2 litros de leite por vaca por dia.
Objetivos da Embrapa na Nigéria
O melhoramento genético realizado em parceria com a Embrapa pode elevar a produção média de leite nigeriana de 10 litros para 15 litros por animal, de acordo com Abdullahi Mustapha, diretor da Agência Nacional para o Desenvolvimento da Biotecnologia Agrária da Nigéria.
“Já começamos a fazer as inseminações artificiais do gado nigeriano com o sêmen girolando do Brasil”, disse Mustapha. A inseminação já ocorreu em cerca de 600 vacas. Pesquisador da Embrapa Gado de Leite, Marcos Vinícius Silva, afirma que nasceram 250 bezerras por meio do projeto e a expectativa inicial é realizar 2 mil inseminações em cem fazendas na Nigéria.
Além disso, o projeto também prevê melhoramento genético do rebanho nigeriano por meio de técnicas edição do genoma e outras biotecnologias.
Milagre brasileiro
O desenvolvimento da raça sintética girolando remete à 1989. Esse animal surgiu da mistura de outras duas raças: gir e holandesa. A melhoria genética dela permitiu um salto de produtividade no Brasil, a fazendo passar da média diária 12 kg para quase 23 kg, entre os anos de 2020 e 2022. Esse avanço ficou conhecido como “milagre da pecuária de leite brasileira”.
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