A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) lamentou, em nota, a decisão do Carrefour da França de interromper a compra de carne do Mercosul.
O CEO da multinacional, Alexandre Bompard, afirmou, na quarta-feira 20, em uma postagem no Twitter/X, que a varejista se compromete a não vender carnes do Mercosul, bloco formado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, independentemente dos “preços e quantidades de carne” que esses países possam oferecer.
Segundo a Abiec, “tal posicionamento vai contra os princípios do livre mercado e é contraditório, vindo de uma empresa que opera cerca de 1,2 mil lojas no Brasil, abastecidas majoritariamente com carnes brasileiras, reconhecidas mundialmente por qualidade e segurança”.
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“Ao adotar um discurso protecionista em defesa dos produtores franceses, o Carrefour fragiliza seu próprio negócio e expõe o mercado europeu a riscos de abastecimento, já que a produção local não supre a demanda interna”, continuou a Abiec.
Conforme a associação, “o Brasil é líder global em exportação de carne bovina, com o maior rebanho comercial do mundo, produção sustentável e rigorosos controles sanitários, que garantem qualidade para mais de 160 países. Nos últimos 30 anos, a pecuária brasileira aumentou sua produtividade em 172%, reduzindo a área de pastagem em 16%, demonstrando compromisso com eficiência e sustentabilidade”.
“Decisão do Carrefour contra carne do Mercosul coloca em risco a estabilidade de um mercado global interdependente”
A Abiec destacou que “a visão protecionista do sr. Bompard coloca em risco a estabilidade de um mercado global interdependente. Em 2023, o Brasil respondeu por 27% das importações de carne bovina da União Europeia fora do bloco, enquanto o Mercosul, somado, alcançou mais de 55%. Essa parceria, que há décadas atende aos padrões europeus, reafirma o potencial de cooperação entre as nações”.
“Decisões como essa não prejudicam apenas o Brasil, mas também a França, que depende de diversas commodities brasileiras. Em um mundo de desafios crescentes para a segurança alimentar global, o diálogo e a cooperação são mais urgentes do que nunca”, conclui a Abiec na nota.
Procurado na quarta-feira, o Grupo Carrefour Brasil afirmou que “nada muda nas operações no país”.
Reação do governo brasileiro
Ainda na quarta-feira 20, o governo brasileiro também reagiu à decisão do Carrefour. O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, disse que a atitude do grupo “parece uma ação orquestrada” de companhias francesas contra o Brasil. O ministro disse ficar “indignado” com o posicionamento.
Na avaliação de Fávaro, a declaração do CEO do Carrefour aponta “de forma inverídica” as condições de produção brasileira. “De forma a ferir a soberania brasileira, desrespeitando nossa produção, que é sustentável”, declarou. “Me parece que está querendo arrumar o pretexto para que a França não assine e continue com a posição contra a finalização do acordo Mercosul-União Europeia.” Em sua visão, era mais “bonito e legítimo” só manter a posição contra o acordo.
Redação Oeste, com informações da Agência Estado
Total (óleo e gás),Carrefour,Peugeot,BNP Paribas,Engel, Renault,Vincy, Saint-Gobain (Marcas Norton, TekBond, Quartzolit, Brasília, Cebrace), Sanofi (Farmacêutica), Air France, Danone, Michelin (Pneus), Leroy Merlin, Atacadão, Tereos (Açucar Guarani), Sodexo, Royal Canin, L’Oréal, GPA/Casino, Hermés, Decathlon, LaRoche/ Posay, Legrand, Air Liquide, Alstom, LouisDreyfus, Citroën, Président
Não compro mais no Carrefour.
Os pecuárias brasileiros deveriam usar a reciprocidade, e parar de fornecer carne para o Carrefour e seus filhotes que atuam no Brasil, acho que ficaria de bom.tamanho, vai Lula, continua puxando o saco do Macron, pois além dele cortejar sua esposa, vai ajudar a orejuducar o agronegócio.