No extremo oeste baiano, São Desidério é um dos municípios-chave para o agronegócio brasileiro. A irrigação por pivô central é um dos segredos do sucesso — a região se tornou líder no uso dessa técnica no Brasil, conforme mostram os dados da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
Das áreas de cultivo de São Desidério, quase 92 mil hectares são irrigados por pivô central — o sistema que usa tubulações que se deslocam em torno de um centro para distribuir a água. Isso corresponde a quase 5% de toda a área com esse tipo de irrigação no Brasil — e 27% da cobertura regional.
De acordo com a Embrapa, o extremo oeste baiano abriga 332,5 mil hectares de área agrícola irrigada. O número é de um levantamento realizado em 2024. Ele mostra um crescimento de 42,8% em relação a 2022, ano em que o noroeste de Minas Gerais liderava esse ranking, com 270 mil hectares.
A expansão regional fez a Bahia subir uma posição no ranking nacional da irrigação por pivô central. Agora, o Estado tem 404 mil hectares com o emprego dessa técnica, o que a fez ultrapassar Goiás (313,4 mil hectares) na segunda colocação.
Irrigação por pivô no Brasil
A pesquisa mostra o avanço do uso desse tipo de sistema por todo o território nacional. A área com uso do modelo com pivô no Brasil passou de 1,9 milhão de hectares, em 2022, para 2,2 milhões de hectares em 2024.
Por volta de 70% dos equipamentos de irrigação do Brasil estão em lavouras do bioma cerrado, de acordo com a pesquisa da Embrapa. Esse tipo de vegetação está presente em todas as regiões do país.