A maior fábrica com linha única de produção de celulose do mundo, da Suzano, iniciou suas operações neste domingo, 21. A empresa tem capacidade de produzir 2,55 milhões de toneladas de celulose por ano.
A nova companhia fica em Ribas do Rio Pardo (MS), a 92 quilômetros de Campo Grande. O projeto recebeu um investimento total de R$ 22,2 bilhões. Desse valor, R$ 15,9 bilhões foram para a construção da fábrica e R$ 6,3 bilhões a iniciativas como a formação da base de plantio e a estrutura logística para escoamento da celulose.
Com o início das operações da nova unidade, a capacidade de produção de celulose da empresa deve saltar de 10,9 milhões para 13,5 milhões de toneladas anuais. O número representa um aumento de mais de 20% na produção atual do empreendimento.
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O ex-presidente da Suzano Walter Schalka afirmou ao jornal O Estado de S. Paulo que o atraso de três semanas na inauguração é “insignificante”. O projeto levou 30 meses de implantação.
A ideia do projeto surgiu em 2019 e teve aprovação no conselho administrativo da Suzano em 2021. O tempo até o início da instalação, em janeiro de 2022, foi dedicado aos projetos de engenharia básica e detalhada do empreendimento.
O empreendimento é conhecido como Projeto Cerrado, em referência ao principal bioma da região de Ribas do Rio Pardo.
Fábrica da Suzano tem menor custo-caixa do mundo
A nova fábrica é considerada a de menor custo-caixa do mundo, com um valor de US$ 100 por tonelada. A Suzano planeja comercializar 700 mil toneladas de celulose neste ano.
A estratégia de investimentos do grupo tem como foco o reinvestimento de 90% de sua geração de caixa na aquisição de ativos, na modernização de fábricas existentes e em novos empreendimentos.
Em 2023, a Suzano obteve uma receita líquida de R$ 39,75 bilhões e encerrou o ano com uma dívida líquida de US$ 11,5 bilhões (R$ 55,6 bilhões). Em termos de lucro líquido, a companhia chegou a R$ 14,1 bilhões.
Com a conclusão da fábrica neste mês, o volume de investimentos da companhia vai naturalmente reduzir em 2025. Para este ano, o montante previsto é de R$ 17,6 bilhões, um pouco abaixo dos R$ 18,5 bilhões alocados em 2023.