A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) pretende fazer mais um leilão para a importação de arroz. A instituição marcou a nova data para a quarta-feira 13 junho, às 9h da manhã. O grão será usado para o governo Lula intervir no mercado, apesar de os números oficiais não mostrarem sinais de redução da oferta nacional desse alimento.
O anúncio ocorreu na quinta-feira 6, mesmo dia em que a Conab não conseguiu completar a meta de comprar 300 mil toneladas em seu primeiro leilão para importar arroz em 2024. No evento, a companhia conseguiu firmar contratos para a aquisição de quase 264 mil toneladas. No dia 13, o governo Lula tentará comprar as 36 mil toneladas restantes.
De acordo com a Conab, a carga a ser adquirida na próxima quarta terá como destino o Distrito Federal e oito Estados. São eles: Amazonas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Piauí, Rondônia, Roraima, Santa Catarina e Tocantins.
Assim como, o volume comprado no primeiro leilão, o governo Lula pretende fazer o produto chegar à gôndola com preço subsidiado. O plano é pagar o máximo de R$ 5 o quilo e disponibilizar ao consumidor final por R$ 4 o quilo. O valor estabelecido, contudo, não cobre o custo da produção no Brasil, de acordo com Gedeão Pereira, presidente da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul) — a agricultura gaúcha responde por 70% da safra nacional deste grão.
“O arroz a R$ 4 o quilo na gôndola significa R$ 75 pela saca de 50 quilos com casca, o preço de venda ao produtor”, disse Gedeão em entrevista a Oeste. “Isso não cobre o custo de produção. Os agricultores voltaram a plantar, porque o preço estava acima dos R$ 100. Aí, sim, em 2025 vão ter de importar arroz de todo o Mercosul e de onde mais tiver.”
Safra de arroz de 2024
A colheita de arroz do Brasil praticamente equivale ao seu consumo. O grande produtor nacional é o Rio Grande do Sul, que responde por cerca de 70% da safra nacional.
Segundo as previsões da Conab, mesmo com as chuvas que devastaram o Estado, a produção de 2024 deve ser maior que a de 2023, quando não houve enchente — nem intervenção do governo.
Na safra de 2024, a colheita gaúcha de arroz deve fechar em 7,3 milhões de toneladas, 5% mais que na anterior. A companhia também prevê esse crescimento para o volume nacional, com a produção estimada em 10,5 milhões de toneladas.
Quem pode parar com esses absurdos????
Quer destruir o produtor brasileiro …