A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) marcou para 6 de junho o primeiro leilão para a compra do arroz importado pelo governo federal. Por meio do certame, serão compradas 300 mil toneladas. O gasto previsto é de até US$ 1,7 bilhão.
A medida faz parte de um plano do governo para intervir no mercado interno de arroz, apesar das estimativas oficiais para a produção de 2024 superarem em 5% os registros da colheita nacional do ano anterior. O pano de fundo são as enchentes do Rio Grande do Sul — Estado responsável por abastecer por volta de 70% da oferta de arroz do Brasil.
É verdade que as chuvas causaram destruição em várias regiões do Estado — incluindo grande parte das lavouras. Contudo, relatórios oficiais da própria Conab mostram que a maior parte da safra dos arrozais foi preservada.
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De acordo com a companhia, 86% da safra gaúcha foi colhida antes das chuvas. O Instituto Rio Grandense do Arroz estima que isso corresponda a 6,4 milhões de toneladas, que se somam a outras 700 mil toneladas que estão em áreas não afetadas pelas chuvas.
Somando, são pouco mais de 7 milhões de toneladas. Em 2023, foram 6,9 milhões de toneladas, segundo a Conab, e o governo não fez nenhuma importação.
‘Arroz estatal’
O plano do governo é importar arroz no mercado externo e distribuir para a venda no varejo privado de todo país. As embalagens terão logo oficial e o preço tabelado, com o valor máximo de R$ 4 o kg.
Safra brasileira
Em 2024, a agricultura do Brasil vai colher 10,5 milhões de toneladas de arroz — quantidade que está em linha com estimativa para o consumo nacional.