Os casos de gripe aviária registrados na Argentina chegaram a 63, com mais duas aves com a doença, nesta quinta-feira, 22. Os dados são do Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Agroalimentar do país.
Até o momento, a maior parte dos casos de gripe aviária registrados na Argentina ocorreu em aves de quintal. Contudo, os registros da doença em criações comerciais já levaram à morte de milhares de espécimes.
Devido ao alto poder de contágio, a descoberta de contaminação em granjas comerciais leva ao extermínio da ave doente e de todas as outras que tiveram contato direto ou indireto com ela. Assim, os prejuízos causados podem chegar a toda uma criação.
Para conter o alastramento, as autoridades locais proibiram até mesmo as feiras com a exposição de aves. Porém, um dos principais vetores para a dispersão é a migração de pássaros selvagens, impossíveis de controlar.
Por esse motivo, os criadores procuram evitar o contato das aves silvestres com as domésticas. As medidas envolvem a proteção por telas e o correto acondicionamento da ração e da água, bem como a eliminação de pontos que possam atrair os pássaros selvagens, como árvores frutíferas e reservatórios de água ao ar livre próximos às granjas.
Gripe aviária, Argentina e Brasil
Os registros da gripe na Argentina preocupam os criadores do Brasil. A fronteira dos dois países fica na Região Sul brasileira — que concentra a maior produção do país.
Atualmente, os brasileiros sãos os maiores exportadores de carne de frango do mundo. Assim, evitar que a doença cruze a fronteira tem importância global, uma vez que as contaminações no Brasil poderiam reduzir a disposição desse tipo de proteína no mercado externo.
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