A safra de cereais, leguminosas e oleaginosas de 2024 fechará em pouco menos de 300 milhões de toneladas, de acordo com a mais recente estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Caso o número se confirme, a colheita será 5% menor que a do ano anterior. O órgão divulgou a previsão na terça-feira 14.
De acordo com o IBGE, haverá a queda na produção de grãos como a soja — o carro-chefe do agronegócio brasileiro. A colheita da cultura deve fechar em 148 milhões de toneladas, uma retração de 2% sobre 2023.
Para a safra de milho, segunda maior da agricultura brasileira, a previsão também é de redução. O IBGE estima a retração de quase 12%, com produção caindo para 115 milhões de toneladas.
Safra brasileira de 2024
Em conjunto, milho e soja respondem por cerca de 88% produção de cereais, leguminosas e oleaginosas. O IBGE monitora outras 20 culturas, a lista inclui itens onde a agricultura do país ocupa papel de destaque como como arroz, feijão, trigo, café, laranja, uva, cacau, tomate, etc.
O resultado sofre o impacto do fenômeno climático El Niño — ele intensificou as chuvas no Sul do país e causou seca no centro-norte, brasileiro alterando regime das águas em áreas produtoras. No Mato Grosso, por exemplo, Estado com a maior produção agrícola do país, há a previsão de retração de 15% na safra.
No Rio Grande do Sul, apesar das chuvas da devastação causada pelas chuvas no Estado, o IBGE estima o crescimento de 46% da colheita. Mesmo com a tragédia, a agricultura gaúcha responderá por 13% da produção de grãos do Brasil.