Os incêndios no interior de São Paulo atingiram 80 mil hectares de plantações de cana-de-açúcar. Essa área equivale a 2% das terras dedicadas à cultura no Estado.
A Organização de Associações de Produtores de Cana do Brasil (Orplana) estima o impacto financeiro em R$ 500 milhões. Os incêndios em São Paulo atingiram tanto áreas com cana-de-açúcar em pé (prontas para a colheita ou próximas disso) quanto as com a planta em rebrota.
As plantações começaram a queimar na última sexta-feira 23. O controle do fogo ocorreu apenas no domingo 25, depois das chuvas que caíram no Estado.
Houve o registro de chamas em 25 cidades paulistas, muitas delas grandes produtoras da cultura, como Ribeirão Preto, Franca e Sertãozinho. Até o momento, seis pessoas foram presas sob acusação de terem provocado o fogo.
Incêndios na cana-de-açúcar de São Paulo, prejuízo para todos
A planta queimada perdeu 50% da produtividade. José Guilherme Nogueira, CEO da Orplana, afirma que houve um prejuízo muito grande tanto para a cana em pé quanto para a em fase de brotação. “Com isso, já temos impactos diretos nos preços do etanol e do açúcar e no canavial do próximo ciclo”, afirma o executivo.
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A cana é a principal matéria-prima para a produção de açúcar e álcool no Brasil. E os agricultores paulistas respondem por metade da safra na cultura no país.
O agro brasileiro é o grande fornecedor de açúcar para o mundo, abastecendo metade do mercado entre países. Não por acaso, depois dos incêndios em São Paulo, o preço dessa commodity subiu quase 7% na Bolsa de Nova York. A cotação saiu de US$ 18,39, no fechamento da quinta-feira 22, para US$ 19,6, no fim do pregão de segunda-feira.
Oa PTralhas estão queimando o Brasil.