Os produtores rurais da Bahia se uniram em um movimento chamado Invasão Zero contra o “Abril Vermelho”, promovido pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST). Em campanha divulgada na segunda-feira 1º, os agricultores baianos lançaram o “Abril Amarelo”, contra a invasão de propriedades rurais no Estado nordestino.
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Criado na Bahia em 2023, o Invasão Zero reúne sindicatos e associações em 16 núcleos que abrangem várias regiões do Estado. O movimento tem atuado em 200 municípios baianos e se autointitula “ordeiro e pacífico”.
“O movimento Invasão Zero tem como objetivo impedir a invasão de propriedades rurais e urbanas com base na Constituição Federal”, informa a organização. “Como também pretende lutar pela reestruturação da Lei da Reforma Agrária, trazendo a realidade atual do avanço do agronegócio brasileiro, que alimenta o Brasil e o mundo.”
O MST aguarda anúncio do governo Luiz Inácio Lula da Silva para saber se declara ou não o Abril Vermelho neste ano. Como ocorre tradicionalmente, o autointitulado “movimento social” realiza uma série de inovações no quarto mês do ano.
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Para combater o MST, o Invasão Zero divulgou orientações para os agricultores e pecuaristas que sofrerem ameaças de invasão ou que já tiveram propriedades invadidas.
O Invasão Zero divulgou quatro orientações para os produtores:
- a qualquer movimentação de invasão, deve-se comunicar as autoridades policiais;
- havendo acampamento de invasores, o proprietário, junto com produtores vizinhos e amigos, deve montar acampamento permanente para evitar a invasão;
- toda ação deverá ter a presença da autoridade policial e ser feita de forma ordeira e pacífica; e
- deverá comunicar imediatamente o seu núcleo regional do Invasão Zero.
Embora seja contra as invasões de terras, o movimento dos produtores rurais defende uma reforma agrária no Estado, mas sem que os proprietários de terras sejam prejudicados. Segundo o Invasão Zero, mais de 3 mil famílias aguardam assentamento pelo programa de reforma agrária na Bahia.
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“O Estado que registra os maiores índices de pobreza necessita buscar novos caminhos para direcionar as suas políticas públicas que não sejam as invasões de terras bem resolvidas de particulares”, informa a equipe responsável pelo Invasão Zero. “Trata-se de gente que movimenta os mercados consumidor e produtor do Estado, gerando emprego, renda e arrecadação, mantendo a economia ativa e reforçando as condições de governabilidade.”
Se invadir. Tem que meter bala..