No sábado 1º, entrou em vigor a lei de “segurança alimentar” na China. A legislação é um mecanismo para o aumento da produção é a primeira que visa a “autossuficiência absoluta” do país em grãos — como a soja.
De acordo com a agência de notícias Reuters, a legislação fornece um quadro jurídico para as orientações existentes do Partido Comunista para os governos locais e a indústria agrícola aumentarem a produção de alimentos. O texto inclui a proteção de terras agrícolas contra a conversão para outras finalidades.
Atualmente, os chineses são os mais importantes importadores de grãos do planeta. O apetite do gigante asiático impulsiona a agricultura em países como o Brasil, que se tornou, por exemplo, o maior produtor de soja do planeta.
China, o Brasil e a soja
Em 2023, os agricultores brasileiros produziram cerca de 150 milhões de toneladas de soja. Por volta de 100 milhões de toneladas foram exportadas, sendo cerca de 75% para a China.
No mesmo ano, o gigante asiático consumiu 120 milhões de toneladas dessa commodity agrícola. Assim, por volta de 60% do consumo chinês depende da agricultura do Brasil. Esses grãos, entre outras coisas, são fundamentais para manter o rebanho suíno chinês — a principal fonte de proteína animal para a população do país.
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Para a economia brasileira, a soja é a maior fonte de receitas no mercado externo. Em 2023, a exportação desse grão in natura gerou US$ 53 bilhões ao país — e US$ 39 bilhões foram com a China, segundo os dados do governo brasileiro.