Em Mossoró, interior do Rio Grande do Norte, a Agrícola Formosa produz cerca de 1 milhão de melões por dia. A empresa foi fundada em 1995, por Luís Roberto Barcelos.
Atualmente, a propriedade é líder mundial na produção de melões. Sozinha, ela consegue abastecer parte do mercado Europeu. A cada safra, a fazenda exemplo para o agronegócio gera 200 mil toneladas de frutas. Com 30 mil hectares, seu faturamento em 2019 atingiu R$ 500 milhões.
Produzindo um milhão de melões
Para chegar a essas cifras, além da vasta extensão, o lugar conta com irrigação por gotejamento que distribui com precisão a quantidade de água necessária para otimizar a produção, assim como abelhas para potencializar a polinização.
O sistema envolve 50 milhões de metros de mangueiras, que captam a água de 28 poços artesianos para vencer a seca e, assim, aproveitar o calor abundante do sol no semiárido nordestino. O resultado são as condições perfeitas para cultivar frutas como os melões.
A operação envolve ainda a mecanização da colheita, a seleção das frutas, bem como seu acondicionamento e envio para a exportação — destino da maior parte da colheita. Desse modo, a Agrícola Formosa emprega em torno de 8 mil trabalhadores diretos e 2 mil terceirizados.
Até chegar em Mossoró
Barcelos, entretanto, não nasceu na região. Sua origem é de Ribeirão Preto (SP). Quando jovem, contudo, ele decidiu ir para São Paulo estudar direito. A fazenda fundada por seus antepassados há cerca de um século no interior paulista havia sido muito dividia com o passar das gerações. A princípio, isso o afastou da ideia de ganhar a vida no campo.
Por fim, ele se empregou como advogado em uma empresa de comércio exterior de produtos agrícolas. Ao saber de um propriedade com 4,8 mil hectares em Mossoró, ele resolveu fazer uma oferta. Acabou se mudando para Mossoró, com a mulher grávida do segundo filho. “Sempre gostei de mexer com a terra”, confessou à revista Exame em 2020.
Atualmente, a Agrícola Formosa também produz mamão, banana maracujá e gado. Os animais tem no cardápio deliciosos furtas que foram descartados por imperfeições estéticas — uma pequena parte da média de um milhão de melões colhidos diariamente.
Aqui na minha região, já faz algum tempo, um espanhol resolveu plantar melões às margens do São Francisco, de onde tirava agua para irrigação por esse mesmo sistema de gotejamento. Mas em pouco tempo teve que encerrar as atividades. Aquilo me deixou intrigado por que o motivo de desistir assim de repente de um investimento tão alto e certa feita resolvi plantar aqui no meu quintal aí fui descobrir o motivo: Uma mosca que ataca a fruta ainda logo na formação e essa praga não existe no Rio Grande do Norte e isso é fundamental.
Meu caro, uma observação lógica que vc enfocou sobre a praga que assolou a plantação de melões do espanhol. Não seria algo para a Embrapa pesquisar?
Até sobre melões esse Paulo Versiani que opinar, o quê seria do Brasil sem essa mente brilhante que sabe de tudo? Kkkkkk