No princípio, arados puxados por animais. Depois, vieram os tratores a diesel. Agora, os aviões ganham cada vez mais espaço nas plantações do agro nacional — e a empresa que lidera o mercado interno é do Brasil.
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Ao todo, existem cerca de 2 mil aviões em uso em atividades relacionadas ao agro do Brasil. Dessa frota, 1,4 mil são de fabricação da Embraer, gigante brasileiro da aviação. Esses números não são de jatinhos luxuosos que rasgam o céu. Tampouco, são sobre cargueiros transportando frutas de um lado para outro pelos ares.
Os dados são de aeronaves tripuladas para aplicação de defensivos e adubos sobre a lavoura, eles fazem parte de um levantamento do Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag).
Aviões da Embraer no agro
De acordo com Sindag, os monomotores Ipanema da Embraer são os aviões mais usados pelo agro. A fabricação teve início na década 1970 e segue até hoje. A partir de 2005, essa aeronave passou a receber um motor movido a etanol.
A velocidade máxima, segundo a Embraer, é 209 km/h. Esse equipamento é capaz de voar por quase mil km sem abastecer. Um Ipanema tem 7,4 m de comprimento — o que significa dizer a distância do nariz à ponta da cauda é um pouco maior que uma caminhonete Dodge RAM.
Outras marcas
Segundo o Sindag, a segunda marca mais comum a voar sobre as lavouras do Brasil é a norte-americana Air Tractor (Trator Aéreo, em tradução do inglês). A empresa produziu 27% dos modelos em uso. Assim como os Ipanemas, são monomotores com tamanho semelhante. É o mesmo perfil do modelo da fabricante no terceira posição do top 3 — a Cessna Airsoft.