A União Europeia consumiu 17 milhões de toneladas de soja em 2022 — e importou 7,5 milhões de toneladas do grão do Brasil. Ou seja: a agricultura nacional forneceu quase metade (45%) de toda a demanda do bloco.
Os dados fazem parte de um levantamento realizado por Oeste que cruzou dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) e do governo brasileiro. Atualmente, a colheita de soja do Brasil é a maior do planeta.
Dependência continuada
De acordo com USDA, a agricultura brasileira produzirá 163 milhões de toneladas do grão em 2023. Ao mesmo tempo, a safra da União Europeia deve fechar em 2,5 milhões de toneladas, com a colheita liderada por Itália (36%), França (16%) e Romênia (14%).
Durante o período, o consumo do bloco deve ficar em 16 milhões. Assim, os europeus devem se manter dependentes da safra brasileira para abastecer a demanda interna.
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A soja exportada pelo Brasil
O Brasil é um dos poucos países com produção excedente suficiente para exportar o grão em grandes quantidades. Os embarques globais devem movimentar por volta de 170 milhões de toneladas em 2023. Cerca de 95 milhões de toneladas (56%) serão colhidas nas lavouras brasileiras. Considerando a média paga por tonelada neste ano, esse mercado deve gerar US$ 51 bilhões ao país.
Para que serve?
A apreciação global pelo grão se dá em razão da vasta aplicação. O leque inclui itens mais conhecidos, como óleos, farinhas e molhos, e a aplicação em outros ramos da indústria de alimentos para humanos, a produção de biocombustíveis para a geração de energia e a nutrição de animais.
Além disso, a soja serve para gerar insumos e matérias-primas para outros ramos industriais. Estão na lista, por exemplo, as fabricações de produtos de higiene pessoal — como pastas de dentes, xampus e sabonetes — e automobilísticos (entre eles, os pneus de carros e lubrificantes automotivos).
Para não sermos injustos é importante conhecer a rachadinha dela, até pra ver se é mesmo rachadinha.