De acordo com o Censo Agropecuário de 2017, há no Brasil 1,7 milhão de mulheres que comandam propriedades rurais em diversas regiões. Elas desempenham diferentes responsabilidades, que vão desde a criação de animais até o cuidado da família.
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De acordo com a pesquisadora da Embrapa Claudia de Mori, elas estão na “lida diária do manejo, na gestão da propriedade, na agroindustrialização e nas organizações sociais”.
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“Embora haja muitos problemas, elas têm seguido e transformam suas realidades em seu entorno”, afirmou Claudia. “Elas mostram que o mundo da pecuária também é feminino.”
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O perfil das gestoras é mais jovem, comparando-se aos homens. Cerca de 30% delas têm menos de 35 anos. Nessa faixa etária, o grupo masculino é de 24,3%.
Mulheres na direção
No município de Bagé (RS), Lieli Borges Pereira trabalha com gado de corte e plantio de soja. Com a morte prematura do pai, ela assumiu a gestão da propriedade, saindo da cidade para a fazenda.
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Lucy Araújo de Armas, produtora rural no município de Jaguarão (RS), trabalha em uma propriedade com 140 hectares, sendo dez arrendados. Ela cria gados e atua na comercialização de cordeiros.
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Hoje, há no país alguns grupos de mulheres que são engajadas na agropecuária. Esses movimentos promovem encontros técnicos, treinamentos e até congressos voltados exclusivamente para o público feminino.
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