Algumas marcas se tornam tão conhecidas que viram sinônimo do produto. Um exemplo disso é a Nutella, um creme de avelã com cacau, cuja produção em escala se tornou possível graças ao agronegócio.
Não são apenas a avelã da Nutella e o cacau que dependem do agronegócio para existir. Na verdade, apenas um item do produto nas mesas não vem do setor: o pote — que é feito de petróleo. Mas até mesmo isso pode mudar. Existem algumas embalagens com materiais similares produzidas a partir de matérias-primas como o bagaço de cana, e, em algum momento, a marca pode migrar para essa opção.
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Do restante, tudo envolvido na produção do famoso creme tem origem no campo. Até mesmo o rótulo deve sua existência a alguma atividade agropecuária — nesse caso, o cultivo de árvores, como pinus e eucaliptos, para a extração da celulose. Além disso, a receita também leva açúcar, óleo de palma, lecitina de soja, leite e baunilha, que só existem em quantidade suficiente para produção em escala graças ao agronegócio.
Donos da Nutella
A marca pertence à Ferrero, uma empresa que começou como uma pequena doceria em Alba, na Itália, em 1946. O produto que conhecemos hoje surgiu com o nome Pasta Gianduja — uma receita desenvolvida por Pietro Ferrero, fundador da companhia.
O nome atual surgiu em 1964 e é de autoria de Francesco Rivella. Conhecido como o pai da marca, ele ingressou na empresa na década de 1950, logo depois de se formar em química, e se tornou braço direito dos donos da companhia.
Rivella trabalhou na Ferrero por 40 anos e ajudou a criar outras marcas, como as balas Tic Tac e os chocolates Kinder. O químico, pai da marca Nutella, viveu até os 97 anos e faleceu na última segunda-feira, dia 17.