A agtech Databoi, criada pelo grupo carioca Templo Ventures, desenvolveu um algoritmo que identifica a digital única do gado por foto do focinho do animal feita pelo celular. O propósito da iniciativa é acelerar o processo de digitalização da pecuária bovina no brasil.
Leia mais: “Hub de inovação vai acelerar agtechs para conectar campo e tecnologia”
Em pesquisas conjuntas com o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações, foi descoberto que o focinho é a impressão digital do boi, ou seja, tem características únicas que não se alteram durante todo o ciclo de vida do animal. Por meio da biometria animal, é possível rastrear e monitorar toda a cadeia da pecuária bovina.
Leia também: “Empresa do agro inova com uso de inteligência artificial”
Atualmente, o rastreamento é feito com brincos e chips, e o animal pode trocar três vezes de proprietário até o abate. Como a plataforma identifica o boi por características únicas, isso evita o risco de fraudes. “Pensamos em uma maneira de resolver o problema de forma totalmente digital, identificar o boi sem a necessidade de uma logística complexa, sem que algo possa se perder ou quebrar, e a solução foi uma foto”, explicou o CEO e fundador da agtech, Floriano Varejão.
Leia mais: “Países se unem para defender produção de carne bovina”
Além de identificar a impressão do gado, a imagem traz o ponto de localização para que haja um controle ambiental. Assim, ocorre um cruzamento de dados, com fontes públicas e privadas, para assegurar o cumprimento das normas ambientais das propriedades que utilizam o Databoi. “No futuro não queremos apenas identificar o animal e de onde veio, mas criar um conjunto de certificações para mostrar que aquela carne tem a melhor qualidade, o que vai facilitar para os frigoríficos e para os fazendeiros”, disse Varejão.
Varejão parece nome de supermercado.