Neste exato momento, foram produzidos quase 3 mil pães franceses. A cada segundo, as padarias brasileiras fabricam cerca de 1,5 mil unidades da iguaria. Diariamente, são mais de 126 milhões de pãezinhos. Enquanto isso, na França, nem sinal dessa delícia.
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O pão francês é tão famoso na culinária nacional que ganhou um dia no calendário: 21 de março. Em 2025, a data cai justamente nesta sexta-feira. A receita até tem inspiração do outro lado do Atlântico, mas é legitimamente brasileira. Na passagem do século 19 para o 20, os padeiros do Brasil começaram a produzir uma massa que, depois de assada, lembrava a crocância da baguete francesa.
A estratégia era simples e precisa: agradar à elite nacional. Naquele momento, o paladar dos mais ricos estava sob influência dos filhos que voltavam das universidades europeias — muitas delas francesas. A moda pegou. Mesmo com nomes diferentes, como o cacetinho para os gaúchos, a receita passou a ser feita de Norte a Sul do Brasil.
Caso houvesse um ranking sobre o assunto, esse alimento estaria no topo, entre os mais consumidos do país, ao lado do arroz, do feijão e do macarrão. Os cerca de 126 milhões de unidades diárias significam 46 bilhões por ano. Dá pouco mais um de pão a cada dois dias por habitante.
Outros nomes do pão francês
Além do já citado cacetinho, no Rio Grande Sul, o pão francês recebe outros nomes Brasil afora. Na lista, estão expressões como filão, pão aguado, Jacó, pão massa grossa, média e pão de sal. A receite tem sempre a mesma base: farinha de trigo, água, sal, açúcar, manteiga e uma boa pitada de brasilidade.
Aqui no Rio Grande, chamamos o pão de ‘cassetinho’.