A China registrou queda em sua produção de carne suína no quarto trimestre de 2024, em comparação com o mesmo período do ano anterior. O país é o maior consumidor desse alimento em todo o planeta.
Entre outubro e novembro, os frigoríficos da China produziram 14,6 milhões de toneladas de carne suína. De acordo com o portal Reuters, o resultado representa uma queda de quase 2% em relação ao mesmo período do ano anterior.
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Os dados também mostram uma redução nos abates chineses em 2024. Ao longo do ano, foram abatidos 702 milhões de cabeças.
China e a carne suína
Além de serem os maiores consumidores, os chineses são os maiores produtores dessa proteína no mundo e estão entre os principais importadores. Pouco mais da metade da produção mundial ocorre dentro do gigante asiático.
A população da China ingere metade de toda a carne suína consumida no mundo. Para atender à demanda interna, o país produziu 56 milhões de toneladas dessa proteína em 2024 e ainda precisou importar outro 1,3 milhão de toneladas. As compras no mercado externo foram superadas apenas pelas do Japão e do México (1,4 milhão de toneladas cada um, de acordo com o Departamento de Agricultura do s Estados Unidos).
Negócio bilionário para o Brasil
A forte demanda interna tornou o país um grande mercado para o Brasil. Os consumidores chineses estão entre os maiores clientes dos frigoríficos brasileiros. Ao mesmo tempo, o agronegócio nacional é um dos principais exportadores desse tipo de proteína para o gigante asiático.
Em 2024, o mercado de carne suína chinês rendeu aos frigoríficos brasileiros US$ 472 milhões (por volta de R$ 2,8 bilhões na cotação atual). É o segundo maior faturamento do setor no mercado externo — atrás apenas das Filipinas (US$ 526 milhões).
Ao todo, a China foi responsável por 16% de toda a receita do Brasil com exportações de carne suína no ano passado. Paralelamente, 17% de todas as importações chinesas desse alimento vieram dos frigoríficos brasileiros.