A lista de produtores de etanol de milho no Brasil pode ganhar mais um nome: o Pará. Dois grupos do agro nacional anunciaram o investimento de R$ 2 bilhões para construir uma usina e produzir esse biocombustível no Estado.
Trata-se do Grupo Mafra e da Companhia Mineira de Açúcar e Álcool (CMAA). As duas empresas anunciaram a criação da joint venture Grão Pará Bioenergia. Dos R$ 2 bilhões, R$ 600 milhões serão investidos neste ano. O restante tem prazo até 2029. A primeira moagem deve ocorrer em 18 meses.
Projeto sustentável
Uma das estratégias do negócio é recuperar áreas degradadas para fazer o plantio.
“Acreditamos muito no potencial da agricultura sustentável no Estado do Pará”, diz Carlos Mafra Júnior, do Grupo Mafra. De acordo com o empresário, essa parte do país “se tornará uma grande fronteira de produção agrícola e pecuária sustentável do Brasil. Entendemos que a oferta de milho, que é a principal matéria prima de nossa indústria, vai ser cada vez mais abundante na região.”
A Grão Pará Bioenergia vai processar 1,5 milhão de toneladas desse grão por ano. O local também pode esmagar soja para a produção de biodiesel. O projeto também vai fomentar o cultivo de eucalipto na região, que será a fonte de biomassa para gerar a energia para o negócio.
Além disso, a nova empresa pretende ofertar um serviço de engorda de bovinos confinados com o resíduo do milho processado na produção de etanol. Somando construção e operação, o projeto deve gerar 3 mil empregos diretos e 600 indiretos.
Etanol de milho no Brasil
Atualmente, cinco Estados produzem esse biocombustível no Brasil. São eles: Alagoas, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Para 2024, o Brasil deve gerar 6 bilhões de litros de etanol de milho, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento.
O resíduo dessa indústria que dizem ser aproveitada para engorda do gado, vai ser aproveitado apenas como volumoso, já que todos os açúcares do amido do milho, serão desviados para a produção do álcool. Pelo menos já é alguma coisa.