Na quinta-feira 27, o número de focos de gripe aviária no Brasil subiu para 71. Ainda assim, a doença não chegou às criações comerciais.
Entre os focos de gripe aviária no Brasil, o mais recente é no município de São Francisco do Sul, em Santa Catarina. Trata-se de dois pássaros silvestres migratórios: um trinta-réis-de-bando e um trinta-réis-real.
Saiba mais: “O vírus da gripe aviária ronda o país“, reportagem de Artur Piva, para a Edição 154 da Revista Oeste
É o segundo foco da doença descoberto na cidade catarinense. O primeiro ocorreu em 26 de junho, encontrado em outro trinta-réis-real. Assim, duas aves doentes fazem parte do mesmo foco.
Em Santa Catarina, foram encontradas seis aves doentes, até o momento. No total, já existem cinco registros desses no Estado. Os outros ocorreram em Maracajá, Itapoá e Navegantes.
Todos eles em aves silvestres, exceto o do município de Maracajá. Neste caso, trata-se de uma galinha em uma criação de subsistência. Ou seja: para o consumo próprio.
Gripe aviária no Brasil
Ao todo, sete Estados brasileiros registraram aves com a doença. O maior número de ocorrências é do Espírito Santo: 29. Além de Santa Catarina, também fazem parte dessa lista: Rio de Janeiro (15), São Paulo (10), Paraná (7), Bahia (4) e o Rio Grande Sul (1).
Deles, 69 focos são de pássaros silvestres. Dois, em aves de subsistência, sendo a segunda um ganso no Espírito Santos.
Perigos aos humanos
A ingestão de carnes e ovos não transmite a doença para os humanos. O homem adquire a gripe aviária por meio do contato com aves infectadas ou com os excrementos dela. Assim, o contágio dos humanos geralmente ocorre com as pessoas que lidam com as criações sem os devidos cuidados — e a contaminação é rara. Contudo, ela preocupa, porque metade dos doentes morre.