O acidente de avião que matou um pecuarista e o filho dele em Rondônia, no sábado 29, segue com os desdobramentos. Um vídeo que circula nas redes sociais mostra Garon Maia tomando cerveja enquanto orienta o filho de 11 anos, Francisco Veronezi Maia, a pilotar uma aeronave.
O acidente com o avião bimotor caiu nas proximidades da cidade de Vilhena, em Rondônia, a poucos quilômetros da divisa com Mato Grosso. Amigos do pecuarista dizem que era Garon quem pilotava a aeronave no dia da tragédia.
Nas imagens, que foram registradas num voo anterior ao do acidente, é possível ver o pré-adolescente no comando da aeronave. O vídeo foi publicado nas redes sociais de Garon, dias antes da queda.
“Vamos lá, seiscentos cavalos, pode empurrar”, diz Garon ao filho, durante a decolagem. “Seiscentão, Kikão, vai. Nossa Senhora. Não, mão na manete, mão na manete. Fica aí, olha a velocidade. Pode rodar. Roda, roda”, celebra o pecuarista. “Kikão, é sozinho mesmo, rapaz.”
Em seguida, o pai pergunta ao filho se está tudo certo, e o menino responde que sim. “Meu piloto, boa”, elogia o pai, que depois filma a si mesmo dando goles em uma garrafa de cerveja, já consumida pela metade e com outra entre as pernas. “Passageiro pode consumir uma né, Kiko?”, ressalta Garon, no vídeo.
Video mostra imprudencia de fazendeiro morto em acidente de aviao: cerveja, menor pilotando e descalço pic.twitter.com/YbOpIMjorx
— TopMídia News (@topmidianews) July 31, 2023
Acidente de avião matou pecuarista e filho
No último dia 29, um avião bimotor com o pecuarista Garon Maia e filho dele, de 11 anos de idade, caiu em Rondônia, numa área próxima à divisa com Mato Grosso. Os destroços da aeronave foram encontrados na manhã do domingo 30. Os dois morreram no acidente.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, a aeronave decolou do Aeroporto de Vilhena (RO) por volta de 17h50 do sábado 29. Registros do site Flightaware indicam a perda de sinal se deu cerca de 25 quilômetros após a decolagem, com apenas cinco minutos de viagem.
Garon Maia Filho era um pecuarista conhecido na Região Norte. Ele era neto de Braulino Maia, mais conhecido como Garon Maia, um dos maiores pecuaristas do Brasil. Ele fundou cerca de 50 fazendas, com mais de 40 mil cabeças de gado. O “Rei do Gado”, como se notabilizou, morreu, aos 93 anos, em 2019.