A carne de peru, um prato símbolo da ceia de Natal, é mais um alimento que o agronegócio brasileiro fornece. Os dados oficiais mostram que o país não depende de importação para suprir a demanda interna por essa iguaria.
De acordo com os dados oficiais, a última remessa de carne de peru comprada no mercado externo aportou no país em novembro de 2021 — próximo da ceia de Natal daquele ano.
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Ainda assim, o mês é o único com registro de importação em 2021 e o país fez a compra de somente 22 toneladas dessa proteína animal. Isso equivale a menos de 1 grama por habitante.
No mesmo intervalo, a população brasileira consumiu cerca de 110 mil de toneladas de carne de peru naquele mesmo ano. Ou seja: por volta de meio quilo para cada morador do país.
A quantidade é proporcional a um generoso pedaço de carne de peru para cada brasileiro na mesa durante a ceia de Natal e ainda sobram alguns gramas para rechear uma pizza, um lanche ou degustar como aperitivo.
Peru para ceia de Natal e para a exportação
Mesmo abastecendo o consumo interno, o agronegócio nacional tem excedente para vender esse alimento a outros países, trazendo divisas para o Brasil.
Em 2022, por exemplo, a produção nacional de carne de peru fechou em 162 mil toneladas, das quais 36% tiveram o mercado externo como destino. Quase todo o volume tem origem nos três Estados da Região Sul.
Santa Catarina está na liderança com 46% do total. A segunda posição é do Rio Grande do Sul (42%). E o Paraná aparece na terceira colocação com 11%.
Em conjunto, os três Estados conseguiram quase US$ 190 milhões em divisas em 2022 com esse alimento no mercado externo, segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal. Além disso, a Região Sul garante que a carne de peru produzida no Brasil também abasteça a ceia de Natal em outros países.