De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), a média global dos preços dos alimentos caiu em junho. A queda fechou em 1,4% e 23,4% para maio e abril, respectivamente.
A ONU monitora a variação dos valores ao redor do planeta por meio de índice de preços dos alimentos elaborado pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO, na sigla em inglês). A atual marca do indicador em junho é a menor desde que ele rompeu os 120 pontos, em abril de 2021.
Ainda assim, o número continua acima dos patamares pré-pandemia por covid-19 e dos níveis anteriores à invasão russa da Ucrânia. Tanto o problema de saúde global quanto o conflito na Europa impulsionaram o custo da alimentação ao redor do globo.
Antes do surgimento do coronavírus, o indicador ficou abaixo dos 100 pontos por 28 meses. No mês em que a invasão teve início, ele fechou acima dos 115 pontos pela primeira vez desde julho de 2014.
O problema de saúde desorganizou as cadeias de suprimento global. Já o conflito europeu causou impactos na produção agrícola, uma vez que russos e ucranianos são grandes produtores de grãos, e a Rússia figura entre os grandes fornecedores mundiais de fertilizantes para a agricultura.
ONU e o índice de preços dos alimentos
Para elaborar o indicador, a ONU monitora cinco frentes: carne, laticínios, cereais, óleos comestíveis e açúcar. Todas elas registraram queda em junho.
O mês marcou a primeira retração no indicador do custo do açúcar depois de quatro meses seguidos de alta. Um dos motivos citados pela organização é o “bom andamento da safra de cana-de-açúcar no Brasil”.
Além disso, a ONU também citou o Brasil para queda do índice de preços relacionados aos grãos. De acordo com a FAO, a melhora dessa frente tem relação com a safra do país, bem como com a colheita da Argentina e dos Estados Unidos.