A produção de uva para vinho em São Paulo cresceu mais de 720% em um ano: passou de 7,8 mil parreiras (a planta da uva) em 2022 para quase 64 mil em 2023.
Os dados foram calculados pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo. O número de pés de uva cresceu no Estado por causa do mercado de turismo de vinícolas, quantidade de chuva e manejo da dupla poda, de acordo com o órgão. A dupla poda vem sendo implementada por produtores do setor há cerca de 20 anos.
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A dupla poda ajuda a fazer com que a maturação e a colheita de uvas aconteçam no inverno, quando há menos chuvas e mais amplitude térmica. São Paulo tem vencido premiações internacionais com a adoção da técnica. Em abril deste ano, os vinhos do Estado ganharam medalhas na Decanter Wine Awards 2023.
O manejo e as chuvas permitem a colheita de uvas finas, o que também possibilita a produção de vinhos de maior qualidade para os consumidores, de acordo com o portal Poder360.
Produção de uva para vinho ajuda na empregabilidade de outros setores em São Paulo
Há pelo menos 40 vinícolas gourmet nas cidades de Espírito Santo do Pinhal, São Roque, Jundiaí, Louveira e Indaiatuba, segundo a Câmara Setorial de Viticultura, Vinhos e Derivados. Célia Carbonari, presidente da câmara do setor, disse que a produção de uvas em São Paulo tem alta empregabilidade.
“Dependendo da complexidade do terreno, você emprega de um a dois funcionários por hectare”, disse Célia. “Ao contrário da soja, do milho, da cana-de-açúcar e até da pecuária que, às vezes, emprega uma pessoa a cada 120 ou 150 hectares.” A presidente acrescenta que o setor também ajuda a implementar o comércio e serviços como hospedagem e gastronomia.
Notícia muito boa em meio ao pesadelo de ver notícias da política e do lixo petista… esse segmento de produção de vinhos de qualidade, desperta o turismo e desperta um aprimoramento da cultura culinária. Parabéns à iniciativa e estou ansioso para conhecer novas vinícolas em São Paulo.
Interessante as informações e sempre é salutar observar aumento das atividades produtivas e seus reflexos.
Porém quanto ao índice emprego/hectare é observável que as culturas citadas tem outras performances com utilização de mão de obra, seja do equipamento de aplicação de fertilizantes, defensivos, tratos culturais, transporte, processamento e demais fases de operação até o consumidor final.