O Grupo Moreno ofereceu uma recompensa para denúncias que levem a causadores de incêndios em canaviais sob sua gestão. A empresa é um tradicional produtor de açúcar e etanol a partir de cana-de-açúcar no interior do Estado de São Paulo — a região é a maior o cultivo dessa planta no Brasil.
Por meio de nota, a empresa informou que “oferece a recompensa de até R$ 30 mil por informações relativas à autoria de incêndios criminosos ou não autorizados que estejam em áreas de cultivo ou proteção ambiental sob responsabilidade do Grupo Moreno”.
A companhia administra três usinas. Juntas, elas processam 11 milhões de toneladas de cana-de-açúcar por safra — o que resulta em cerca de 640 milhões de litros de etanol e 14 milhões de sacas de açúcar, além de outros subprodutos.
Queimadas obsoletas
Mais usada no passado, para facilitar o corte e reduzir os riscos ao trabalho, a queimada passou a ser um problema para as usinas. A colheita mecanizada é mais produtiva, o que tornou o uso do fogo obsoleto.
Quase toda a colheita do paulista ocorre de forma mecanizada. No Estado, o corte manual ocorre menos de 1% das plantações — somente em áreas onde as máquinas não conseguem fazer o trabalho.
No caso do Grupo Moreno as máquinas colhem 93% da cana. Contudo, a empresa afirma que toda moagem é realizada com produto cru — ou seja: livre de queimada.