Às vezes mais gordurosa ou até sem carne para os veganos, a feijoada precisa mesmo é do feijão-preto para existir. Um Estado sozinho concentra 76% da produção desse grão no Brasil: o Paraná, o grande responsável pela safra dessa iguaria fundamental para a culinária nacional.
O Paraná colherá 540 mil toneladas desse grão ao longo de 2024, ao mesmo tempo em que a produção nacional fechará em 712 mil toneladas, de acordo com as estimativas da Companhia Nacional dos Abastecimento. Os agricultores paranaenses dedicam 471 mil hectares a essa cultura. Isso equivale a área da capital, Curitiba — incluindo aí tanto o ambiente urbano quanto rural.
A capital do feijão-preto
Prudentópolis, no interior paranaense, recebe o título de capital nacional dessa paixão nacional. A safra local corresponde a 8% da colheita estadual. O lugar entrou para o Livro dos Recordes por cozinhar a maior feijoada do mundo todo, segundo o governo paranaense.
A refeição é o ponto alto da Festa Nacional do Feijão-Preto, um dos eventos que marcam o aniversário de emancipação do município. Prudentópolis completou 118 anos em 2024. A produção mais recente ocorreu no último dia 12 de agosto — e por volta das 11h30 da manhã o quitute já estava nas mesas.
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O preparo precisou de uma panela de 12 toneladas. Dentro dela: 800 kg de ingredientes como lombinho, costelinha defumada e linguiça, além de mil litros de água e meia toneladas da grande estrela da festa: o feijão-preto.
Além do Paraná
Ao todo, sete Estados e o Distrito Federal produzem feijão-preto no Brasil. O top 3 é todo formado pela Região Sul, responsável por 95% da safra nacional. Santa Catarina, que ocupa a segunda colocação no ranking nacional, deve colher 86 mil toneladas em 2024.
Na sequência estão Rio Grande do Sul (52 mil toneladas), Pernambuco (15 mil toneladas), Minas Gerais (12 mil toneladas), Distrito federal (3 mil toneladas), Paraíba (quase 2 mil toneladas) e Rio de Janeiro (pouco mais de mil toneladas). O cultivo nacional ocupa 1,5 milhão de hectares — área equivalente