A destruição deixada pela passagem do ciclone nos primeiros dias de setembro deixou cerca de 30 mil animais mortos no Rio Grande do Sul. O impacto chegou na produção de leite, que perdeu 327,3 mil litros por não conseguirem realizar a coleta.
Mais de mil produtores rurais foram prejudicados, e aproximadamente 4,5 mil quilômetros de estradas estão fechadas, o que faz a logística dos pecuaristas impossível.
Um relatório preliminar mostrou que na pecuária morreram 29.356 animais, entre bovinos de corte e de leite, suínos e aves e perderam-se 370 caixas de abelhas e 35,5 toneladas de peixe.
A elaboração do relatório é da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR) com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater).
As condições climáticas adversas afetaram 50 municípios, 665 localidades e 10.787 propriedades. Os problemas de escoamento da produção atingiram 197 comunidades.
Houve danos em 1.192 casas, 621 galpões, 12 armazéns, 116 silos, 25 estufas de fumo, 25 estufas/túneis plásticos para horticultura, 128 açudes (piscicultura/irrigação), 53 aviários e 45 pocilgas.
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Os temporais resultaram em sérias perdas na produção de grãos, frutas, olericultura e fumo. Com destaque para milho e trigo, que tiveram grandes áreas atingidas e alto volume de produção perdidas.
Colheitas e agricultores sofrem com a destruição causada pelo ciclone
Na fruticultura, vários cultivos, como laranja e uva, sofreram perdas consideráveis. A olericultura e a produção de fumo foram duramente atingidas, prejudicando muitos produtores. Ao todo, 1.616 produtores tiveram perdas na produção de grãos, 88 na fruticultura, 2.691 no fumo e 198 na olericultura.
Foram atingidos 1.880 hectares de pastagem nativa, 10.730 hectares de pastagem cultivada e 50 hectares de silagem, com um total de 1.022 produtores prejudicados. Houve perda de 35,5 mil pés de eucalipto.
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Que tristeza.
Mas os Gaúchos são resilientes e irão recuperar todas as perdas.
As fatalidade é que podem ser recuperadas, mas estão no Céu junto à Deus.