Entre janeiro e julho de 2022, a receita com as exportações de carne bovina renderam US$ 7,4 bilhões para o Brasil. Assim, houve o crescimento de 45% sobre o resultado do mesmo período no ano anterior (US$ 5 bilhões).
O aumento da quantidade foi menor: cerca de 20%. Ou seja: o bom resultado ocorreu, principalmente, em razão da valorização do produto. Cada tonelada foi embarcada, em média, por quase US$ 6 mil. Desse modo, o preço subiu cerca de 25%.
A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes divulgou os dados nesta quinta-feira, 4. O órgão compilou informações da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Agricultura.
Exportações de carne bovina chegam a 160 países
Para atingir esse resultado, as exportações de carne bovina no Brasil tiveram quase 160 países como destino. Entre eles, a China se destacou como a maior compradora, gerando o faturamento de US$ 4,4 bilhões. O volume emparcado para o gigante asiático ficou em 650 mil toneladas. Na segunda posição, aparecem os Estados Unidos: US$ 600 mil por 85 mil toneladas, aproximadamente.
“Esses dados são resultados do trabalho intenso que temos feito para abertura de novos mercados e ampliação da presença nos países onde já atuamos, destacando sempre o papel do Brasil como parceiro comercial das nações e não como concorrente”, declarou Antônio Jorge Camardelli, presidente da Abiec. A associação existe desde 1979 e reúne as empresas responsáveis por 97% das exportações do setor.
A maior parte não sai do Brasil
O Brasil figura com o maior volume de exportações de carne bovina no mercado mundial. Ainda assim, a maioria do que é produzido não vai para o exterior, conforme informações da Companhia Nacional de Abastecimento. A estatal estima que o país vai consumir 65% de toda produção dessa proteína em 2022. São cerca de 25 quilos por cabeça.