O governo do Rio Grande do Sul registrou o primeiro foco de gripe aviária em seu território, o Estado está entre os maiores produtores de carne de frango do Brasil. Contudo, o contágio ocorreu em aves silvestres migratórias. Além disso, o local está distante centenas de quilômetros (km) das áreas de produção gaúchas.
As aves silvestres eram cisnes da espécie Cygnus melancoryphus. Elas foram encontradas na Reserva Ecológica do Taim. “É um ponto comum de parada de aves migratórias”, explicou Antônio Luz, economista-chefe da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul).
“Não vemos necessidade de nenhum tipo de alarme”, disse o especialista da Farsul. “Nós temos plena confiança no trabalho que os produtores, as empresas e os governos fizeram ao longo dos últimos anos, elevando os padrões sanitários, de modo a evitar que chegue aos viveiros de aves comerciais”
De acordo com o especialista, os padrões sanitários no Estado são elevados. Assim, é possível evitar que a doença “chegue aos viveiros de aves comerciais”.
Atualmente os gaúchos respondem por quase 14% dos abates de frango no país. Desse modo, a produção local figura como a quarta maior no ranking nacional. Com o foco de gripe aviária, o Rio Grande do Sul se tornou o quarto Estado com o registro da doença no Brasil.
Humanos e a gripe aviária
A ingestão de carnes e ovos não transmite a doença para humanos. O homem adquire a gripe aviária através do contato com aves infectadas ou com os excrementos dela. Por esse motivo, o contágio dos humanos geralmente ocorre com aqueles que lidam com as criações sem os devidos cuidados — e a contaminação é rara. Ainda assim, ela preocupa, porque metade dos doentes morre.
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