Apesar de contar com a produção local, o Brasil importa grande parte do trigo que consome. Seu principal fornecedor externo é a Argentina — que deve passar por um dos melhores anos para exportação na safra que termina em 2025.
De acordo com a Bolsa de Rosário, principal balcão de negócios do agro argentino, o país vai exportar 13,3 milhões de toneladas em 2025 — cerca de 72% mais que no ano anterior. Caso o número se confirme, será o segundo maior volume de trigo enviado para o mercado externo na história da Argentina. Ele perde apenas para os embarques de 2022, registrados em 15,4 milhões de toneladas.
Os argentinos respondem por 56% de toda a importação relacionada ao trigo no Brasil, considerando os grãos e seus subprodutos, como a farinha — matéria-prima para a produção de pão, bolo e uma infinidade de massas muito usadas na dieta da população.
Trigo da Argentina para o Brasil
Os brasileiros importam o equivalente à metade de seu consumo de trigo. Ou seja: 1 kg de cada 4 kg do grão utilizado para produzir as farinhas para a fabricação nacional de pães, bolos e massas vem dos campos argentinos.
Expansão da safra
A oferta extra para a exportação é explicada pelo aumento da safra local. A colheita para 2025 é estimada em 19,5 milhões de toneladas. Trata-se de um incremento de 35% sobre a produção anterior: 14,5 milhões de toneladas.