A safra de laranja 2024/25 no Cinturão Citrícola terá uma redução de 24,4% em comparação com a safra anterior. Será a segunda menor desde 1988/89. A região abrange São Paulo e Triângulo/Sudoeste Mineiro.
A projeção foi obtida pelo Relatório do Departamento Econômico da Faesp, com dados da Pesquisa de Estimativa de Safra (PES), elaborada pelo Fundecitrus e outras instituições.
Este primeiro prognóstico para a safra estima um volume de 232,38 milhões de caixas.
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O relatório revela que a situação é crítica para os produtores. Eles enfrentam desafios significativos devido às condições climáticas adversas e ao aumento das pragas.
A produtividade média projetada é 24,2% inferior à do ciclo anterior, com 691 caixas de 40,8 kg por hectare. Esse declínio é atribuído ao déficit hídrico e ao calor excessivo durante o ciclo.
Também se deve ao aumento do greening (grave doença em citros) e à incidência de pragas, como a mosca-das-frutas e o bicho furão. O relatório destaca que os setores norte e nordeste foram os mais afetados.
Impacto regional da queda na produtividade
No norte, a produtividade caiu 46,3%, enquanto no nordeste a queda foi de 57,9%. A região norte dessa área, responsável por 29% da produção na safra passada, agora representa apenas 21%. As ondas de calor no último trimestre de 2023 e a infestação de pragas também contribuíram para essa redução.
Já o sudoeste da região, com Avaré e Itapetininga incluídas, teve uma recuperação significativa. O aumento foi de 25,2% na produtividade, que chegou a 979 caixas por hectare. Esse setor contribuiu com 19% na temporada anterior e agora responde por 33%.
Nesse caso, a melhora nas condições climáticas e a menor incidência de estresse hídrico contribuíram para a recuperação. Mas ainda há pontos desfavoráveis. A taxa média de queda de frutos nesta safra está prevista em 18,5%, o que ainda reflete a alta incidência de greening.