O Produto Interno Bruto (PIB) gerado pelo agronegócio brasileiro encolheu 2,2% no primeiro trimestre de 2024. A conclusão é de um levantamento realizado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (USP). Os dados foram publicados na quinta-feira 12.
O estudo contou com o apoio da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). De acordo com os pesquisadores da USP, a redução pode diminuir a participação do PIB do agronegócio na riqueza do país a cair de 24%, fatia de 2023, para 21,5%.
PIB do agronegócio
A riqueza gerada pelo setor vai além do setor primário, formado pela agricultura e da pecuária ou agropecuária — as atividades que ocorrem no campo. O impacto desse segmento também envolve insumos, agroindústria e agrosserviços.
“O resultado do agronegócio foi influenciado sobretudo pelos menores preços, mas também pela queda na produção de importantes produtos do setor, especialmente na agricultura dentro da porteira”, afirmam os autores da pesquisa. “O ramo pecuário, contudo, amenizou o resultado negativo, tendo em vista os desempenhos positivos dos segmentos agroindustrial e agrosserviços. Assim, pela perspectiva dos ramos do agronegócio, enquanto o agrícola caiu 3,83%, o pecuário avançou 1,68%.”
Contudo, um olhar horizontal sobre os resultados mostra que todos os segmentos do agronegócio encolheram no primeiro trimestre. O pior resultado ficou com o setor de insumos, que encolheu 4,9%. Na segunda posição desse ranking figura o segmento primário, com a retração de 3,43%. Por fim, na sequência estão agrosserviços (-1,57) e agroindústria (-1,31%).