O Ministério da Agricultura e Pecuária informou que irá suspender a vacinação contra a febre aftosa em mais sete Estados a partir de 2024. O diretor de Saúde Animal da pasta, Eduardo de Azevedo, anunciou a novidade na sexta-feira 8.
A medida deve afetar os seguintes Estados: Amapá, Bahia, Maranhão, Pará, Rio de Janeiro, Roraima e Sergipe.
Leia também: “Depois de 40 anos, São Paulo registra 1º caso de raiva canina”
O plano para suspender a vacinação tem o objetivo de acabar com a doença no país. Além disso, visa a ampliar as zonas livres da febre aftosa sem vacinação.
A febre aftosa é uma doença infecciosa aguda, causada por um vírus que atinge animais, como bovinos, bubalinos, caprinos, ovinos e suínos.
Hoje, somente os Estados de Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Acre, Rondônia e partes do Amazonas e de Mato Grosso têm a certificação internacional de zona livre de febre aftosa sem vacinação.
O Ministério da Agricultura e Pecuária ainda proibiu, em abril deste ano, “o armazenamento, a comercialização e o uso de vacinas contra a febre aftosa” no Distrito Federal e nos Estados do Espírito Santo, de Goiás, de Minas Gerais, de Mato Grosso, de Mato Grosso do Sul e do Tocantins. A última vacinação nesses Estados foi realizada em novembro de 2022.
País quer ser livre da febre aftosa
Até 2026, o Brasil deve se tornar livre de febre aftosa sem vacinação. A partir de 1º maio de 2024, haverá restrição na movimentação de animais e de produtos entre os Estados que querem suspender a vacina e as demais unidades federativas que ainda possuem a vacinação.
+ Leia mais notícias de Agronegócio em Oeste
Um pleito brasileiro para o reconhecimento internacional de zona livre da doença sem vacinação será apresentado à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) em agosto de 2024.
A campanha contra a febre aftosa entre maio e novembro de 2024 prossegue nos Estados de Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas e parte do Amazonas.
Leia também: “O agro é o maior e o melhor negócio para São Paulo”, entrevista com Antonio Junqueira publicada na Edição 171 da Revista Oeste