A demência atinge hoje cerca de 1,76 milhão de brasileiros. No entanto, oito em cada dez pessoas desse grupo não sabem que têm a condição.
O subdiagnóstico da demência no Brasil foi publicado em abril, em um artigo no periódico The Journals of Gerontology. O trabalho foi o primeiro a ter uma amostra de idosos de todo o Brasil — os estudos anteriores foram concentrados no Sudeste, majoritariamente em São Paulo.
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Ao aplicar os testes no grupo, de cerca de 5 mil idosos, os cientistas detectaram a prevalência de demência em 5,8% deles. No entanto, para cada idoso que já havia sido diagnosticado antes, outros quatro não tinham diagnóstico prévio. Em outras palavras, 80% desses pacientes não sabiam que tinham demência.
Para a psiquiatra e epidemiologista Cleusa Ferri, uma das autoras do estudo, o baixo índice de diagnóstico da demência justifica-se por diferentes fatores. Entre eles estão questões culturais e até o insuficiente preparo de profissionais de saúde.
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“Começa pela dificuldade do diagnóstico, porque não existe um exame simples, que diz se a pessoa tem o problema ou não”, explicou Cleusa. “E passa pela falta de conhecimento da população, pela falta de treinamento dos profissionais de saúde, desde a fase de formação, e pela baixa oferta de serviços de saúde.”
Oxford lista 11 fatores de risco para o desenvolvimento de demência
Segundo a Universidade Oxford, do Reino Unido, 40% dos casos de demência estão ligados a 11 fatores de risco. A doença abrange os diagnósticos de declínio cognitivo, em sua maioria pela doença de Alzheimer.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que o número de pessoas com demência vai crescer mais de 150% até 2050. A OMS acredita que ele vai passar de 55 milhões de pessoas para 139 milhões.
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A pesquisa de Oxford foi publicada na revista científica BMJ Mental Health, que analisou dois grandes estudos de longa duração. Eles selecionaram 223,7 mil pessoas na faixa etária dos 50 aos 73 anos e analisaram 28 fatores de risco.
Eles encontraram 11 fatores associados à demência que aumentam o risco para a doença nos 14 anos subsequentes. São eles: idade, educação, histórico de diabetes, histórico de depressão, histórico de acidente vascular cerebral (AVC), os pais terem demência, classe econômica mais baixa, pressão alta, colesterol alto, viver sozinho e ser homem.
Doenças mentais quando atinge nossos familiares, como família sofremos juntos, ao assistir lentamente o nosso parente dia dia saindo do corpo, ficamos com traumas que mesmo tendo tudo disponível materialmente não serve para nada, o nosso amor, e cuidado, não é paliativo, nada q fazemos para o doente faz sentido o que passa a sua volta.
Se o Moluco fizer o teste, ele não passa…