Publicado na Gazeta do Povo, em 31 de agosto de 2020
J. R. Guzzo
A nova lei sobre o saneamento básico, que acaba de ser aprovada e, nos seus aspectos essenciais, torna a operação das redes de água e esgoto mais abertas aos investimentos da iniciativa privada, está sob ataque. Onde? No Supremo Tribunal Federal, é claro. Por quem? Pelos partidos de “esquerda”, é claro — PT, Psol, PCdoB, PSB, PDT e os seus arredores. Eles querem que o STF declare que a lei é “inconstitucional”. É o grande pé de cabra da safadeza política de hoje: quando os inimigos do atual governo perdem alguma votação no Congresso, vão correndo à “suprema corte” e exigem que a vontade da maioria seja anulada. Sabem que está ali, hoje em dia, sua grande chance de mandar no Brasil sem ganhar eleição.
O sistema atual de saneamento básico é uma calamidade absoluta: 50% da população brasileira, ou mais de 100 milhões de pessoas, continua sem nenhuma coleta de esgoto, e muito menos do seu tratamento, em pleno ano de 2021 — uns 2.000 e tantos anos, mais ou menos, depois que Roma teve a ideia de começar a sua rede. Há 30 milhões que ainda não têm nem água encanada. Esse desastre se deve unicamente a um consórcio que reúne políticos ladrões, sobretudo nas regiões mais pobres do país, partidos de “esquerda” e os sindicatos de funcionários que controlam o setor. É tudo estatal. Quem manda são empresas dos governos estaduais e municipais, que há décadas arrancam verbas do Erário e constroem o mínimo de obras possível.
É o paraíso dos políticos que empregam nessas empresas os seus parentes, amigos e amigos dos amigos; dos empreiteiros que querem receber verbas para implantação de redes que não implantam; e dos PTs da vida, que há décadas vivem como parasitas de estatais. É claro que ninguém nessa turma quer mudar nada; a entrada a sério da iniciativa privada na área vai acabar com muitas das suas bocas. É assim: eles não fazem, mas não deixam que ninguém faça. Atender a população, no caso, é a última coisa que pode lhes interessar. Querem cargos na diretoria, contratos de obras e empregos nas estatais de saneamento. Não querem saber de esgoto nem de água. Querem saber de si próprios, só isso. A população que se dane.
É por isso, e por nenhuma outra razão, que 100 milhões de brasileiros vivem sem esgoto, sujeitos a todo o tipo de dano à sua saúde, aos seus direitos e a sua dignidade. E é por isso que quando o Congresso enfim faz uma lei para amenizar o problema — mesmo com as deformações que foram impostas no seu texto para satisfazer interesses dos deputados e senadores — o PT, o Psol etc. etc. correm para pedir socorro ao STF. Não aceitam nem isso — e sabem que no momento o melhor lugar deste país para fraudar os interesses e a vontade da maioria é o Supremo Tribunal Federal.
Tudo continuará do jeito que está. Nossas reclamações e manifestações continuarão passando em branco até o dia em que de alguma forma conseguirmos realizar ações mais concretas e acabar com essa tirania dos previlegiados desse país.
O último parágrafo é uma triste constatação.
A esquerda que se diz “defensora dos pobres” acaba sendo hipócrita diante da situação à qual milhões de pessoas não possuem acesso de água e tratamento de esgoto; se uma lei é aprovada para beneficiar à população e ferrar com os corruptos, então, o cenário mais provável é a birra daqueles que estavam no poder de usar à instituição como STF para fazer mais birras, feito crianças.
Foi por causa do marxismo cultural de Gramsci que os intelectuais, artistas e afins defendem os seus interesses duma forma descarada e hipócrita.
E ainda à grande mídia, que se diz isenta, colabora para ferrar com as mentes do povo brasileiro.
O STF, sabidamente, não é constituído por Juízes experientes, de ilibada conduta e saber incontestável; muito pelo contrário, a grande maioria de seus membros sequer chegou a ser juiz, inclusive tem um deles que foi reprovado nas duas provas realizadas para sê-lo.
Seus constituintes são apenas militantes ativos de esquerda, limitados, presunçosos, prepotentes, alienados, engajados nas pautas de esquerda; motivo pelos quais foram alçados à Suprema corte do País.
Esse é o problema central da aberração que é o STF e do seu mal funcionamento.
É absolutamente incongruente querermos formar uma equipe top de cirurgiões por médicos generalistas que sequer pegaram num bisturi para qualquer intervenção cirúrgica.
Mais uma vez o erro é nosso, por permitirmos essa barbaridade com um Poder de tamanha relevância ao País!
O STF virou massa de manobra!
São ministros fantoches! Verdadeiras marionetes no adimplemento das togas. Algo vergonhoso e patético!
A corte de justiça mais vergonhosa do mundo!