Alto Alegre, cidade situada no noroeste de Roraima, enfrenta um sério problema de analfabetismo. Mais de um terço dos residentes com mais de 15 anos — o equivalente a 36,8% — são analfabetos.
O número representa 4.733 indivíduos de um total de 12.812 habitantes na faixa etária. Desta forma, a cidade tem a taxa de pessoas não alfabetizadas mais elevada do Brasil, conforme revelado pelos dados do Censo Demográfico 2022 do IBGE. As estatísticas foram divulgadas nesta sexta-feira, 17.
A maioria do município é indígena. Eles compõem 60,3% da população do município. O analfabetismo entre os indígenas é particularmente preocupante, atingindo 64,3%. Em contrapartida, apenas 7,6% dos residentes brancos são analfabetos.
Analfabetismo ao redor do Brasil
A nível nacional, a taxa é de 7%. Alto Alegre é a única cidade brasileira onde a taxa ultrapassa 35% da população. Em comparação, Floresta do Piauí e Aroeiras do Itaim, ambas no Piauí, apresentaram as segunda e terceira maiores taxas de analfabetismo em 2022, com 34,68% e 34,63%, respectivamente.
Entre as capitais, Maceió, em Alagoas, apresenta a maior taxa de pessoas não alfabetizadas, com 8,4% dos habitantes com mais de 15 anos. Seguem-se Teresina, no Piauí, com 7,1%, e Natal, no Rio Grande do Norte, com 6,6%. Por outro lado, São João do Oeste, localizada a 700 km de Florianópolis, registrou a menor taxa de analfabetismo do país em 2022, com apenas 0,9%.
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