Os estudantes brasileiros serão mais prejudicados em relação aos alunos de outros países da América Latina, concluiu um estudo do Fundo Monetário Internacional (FMI). Para discentes de 10 a 19 anos, as aulas perdidas em 2020 vão representar perdas de até 8% na renda ao longo da vida. O prejuízo é o dobro da média da América Latina — de 4%. Em termos comparativos, as perdas estimadas serão de 2% no caso de jovens mexicanos e de 4%, no caso dos chilenos. “As perdas de renda variam entre os países, dependendo de quanto a pandemia reduz a chance de concluir o ensino médio e do tamanho do prêmio por qualificação para o ensino superior. As perdas serão maiores para os alunos cujas famílias são menos capazes de sustentar o aprendizado fora da escola, exacerbando a já elevada desigualdade de renda e os baixos níveis de realização educacional”, salientam os pesquisadores, no documento publicado na sexta-feira 16.
Leia também: “O fracasso do lockdown”, reportagem publicada na Edição 45 da Revista Oeste