São Paulo entra no quarto dia de apagão nesta terça-feira, 15, com cerca de 250 mil imóveis ainda sem energia. Os problemas no fornecimento começaram depois do temporal que atingiu o Estado na última sexta-feira, 11. Os números foram confirmados pela Enel, empresa distribuidora de energia elétrica.
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Bairros da zona sul da capital paulista, como Jabaquara, Santo Amaro, Pedreira e Campo Limpo, foram os mais atingidos. Moradores da região chegaram a protestar nas ruas para cobrar o restabelecimento da luz.
Cidades vizinhas, como Cotia, Taboão da Serra e São Bernardo do Campo, também enfrentam problemas.
A falta de energia afetou o abastecimento de água em várias áreas. De acordo com a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), bairros como Cidade Júlia e Parque do Lago, na zona sul, ficaram sem água na noite desta segunda-feira, 14.
Vista Alegre, em Embu das Artes, e Casa Grande, em Diadema, também estão sem fornecimento.
Na cidade de São Paulo, o abastecimento de água permanece em recuperação nos bairros Capão Redondo, Pirajussara, Jardim Antártica, Jardim Peri, Jardim Peri Alto e Jardim Santa Cruz.
A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) disse, em nota, que o apagão provocou o desligamento de 187 semáforos na cidade. Às 7h desta terça-feira, ainda havia 48 equipamentos apagados por falta de energia. “As equipes de campo estão nas ruas para auxiliar na fluidez do trânsito e na segurança da população”, disse a entidade.
A Enel, sob pressão de autoridades e da população, prometeu normalizar o serviço até quinta-feira, 17.
Enel tem mais dois dias para resolver apagão em SP
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, estabeleceu o prazo de três dias para normalização depois de reunião com o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval Feitosa.
“Eu disse à Enel que ela tem os próximos três dias para resolver os problemas de maior volume, ou seja, ela só vai poder, ao fim desses três dias, apresentar, se necessário, questões pontuais de locais onde ela não consegue ter acesso com um fato”, afirmou Silveira.
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ordenou uma auditoria pela Controladoria-Geral da União (CGU) sobre a fiscalização da Aneel no caso.
O ministro da pasta, Vinicius Carvalho, destacou falhas no serviço e revelou que vai cobrar ressarcimento dos prejuízos causados à população paulista.
A italiana Enel recebeu reforço de eletricistas de concessionárias de outros Estados, além de recrutar funcionários de suas unidades do Chile, da Itália, da Espanha e da Argentina. A força-tarefa conta com apoio da CPFL, EDP, ISA CTEEP, Eletrobras, Light e Energiza.