Em Santa Catarina, um condomínio residencial de prédios tem apartamentos de luxo que podem custar até R$ 22 milhões. O valor alto se justifica pelas piscinas aquecidas e suspensas que ficam na sacada dos imóveis.
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O residencial fica em Itajaí, no litoral de Santa Catarina, próximo a Balneário Camboriú. A região já é conhecida pelos altos preços de casas e apartamentos. De acordo com o índice da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), a cidade é a 6ª com imóveis mais caros no Brasil.
A unidade mais cara é um tríplex, que deve ser entregue no fim de 2024. O valor do imóvel é R$ 22 milhões. Há unidades mais baratas, mas ainda longe do poder de compra da maioria dos brasileiros. De acordo com a construtora, o apartamento mais em conta custa R$ 7 milhões. As unidades vão de 350 m² até 805 m².
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Um dos apartamentos já está com as obras concluídas e aberto para que os interessados na compra possam visitá-lo. As imagens divulgadas pela construtora mostram a piscina vista por dentro do apartamento. Nas fotos é possível ter a sensação de “flutuar”.
Piscina utiliza vidro laminado
Ao g1, o arquiteto do projeto, Sávio Jobim, explicou como o apartamento foi construído. A piscina é feita de concreto protendido (com cordoalhas de aço) e vidro laminado. Os moradores terão uma vista para a baía de Itajaí, para a Mata Atlântica e para os arranha-céus da cidade vizinha Balneário Camboriú.
Jobim escolheu vidro laminado para a construção da piscina por ter “um maior desempenho termoacústico de um lado e um maior desempenho mecânico do outro”.
O engenheiro civil Abrahão Rohden, professor da Universidade Regional de Blumenau (Furb), concorda com o projetista e disse que o material é uma boa solução para a estrutura. “A segurança de uma estrutura depende muito dos profissionais envolvidos”, comentou ao g1. “Tanto na elaboração dos projetos quanto na execução da obra.”
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O arquiteto da obra destacou a segurança garantida pelo vidro escolhido. Ele disse que o material é composto por quatro placas de vidro conectadas por uma película PVB (polivinil butiral).
“A película faz com que as quatro placas de vidro ganhem uma maior resistência mecânica”, explicou Rohden. “Elas não estilhaçam quando impactadas e aumentam o desempenho térmico e acústico quando comparadas com o vidro convencional.”
Jobim ainda disse que a estrutura passou por um estudo geotécnico para avaliar a capacidade do terreno de aguentar a carga pretendida. Os engenheiros analisaram até o lençol freático da região.
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